quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Exposição: Lirismo em Estado Bruto (Bistrot Cassoulet - Porto Alegre)!!!

Exposição de Angélica Magrini:

MOSAICO: Lirismo em Estado Bruto

Por Glênio Guimarães de Porto Alegre/RS.

Lirismo em Estado Bruto é o debut de Angélica Magrini Rigo. De 11 de agosto a 15 de setembro, no Bistrot Cassoulet (Rua Tobias da Silva, 160 – Moinhos de Vento – Porto Alegre, RS) a mosaicista, arquiteta e urbanista, nascida em Veranópolis (RS), com formação no Brasil e na Itália, mas radicada no mundo.

Um apanhado do sentimento que pulsa nas arestas, na poeira e, ainda, no que resta de cada pedra quebrada, reorganizada de forma meticulosamente livre, ressignificando, compondo e transformando materiais clássicos e/ou insólitos em novas obras, novas imagens e novos olhares.

Forma e conteúdo; sensibilidade e rudeza; suor e arte. Tudo permeia e é permeável. Tudo se transforma. Tudo transforma. Tudo.

Lirismo em estado bruto é o debut de Angélica Magrini Rigo, mosaicista, arquiteta e urbanista, nascida em Veranópolis (RS), com formação no Brasil e na Itália, mas radicada no mundo.

A exposição de mosaicos apresenta obras concebidas em um longo período (2005 a 2016), mas que conversam entre si e compõem um acervo com unidade e identidade: cada qual com suas nuances, sua história e sua mensagem.

As obras mesclam delicadeza e intensidade – seja de forma literal, nos mármores, granitos, vidros e metais irregulares,seja na expressividade instigante de cada composição – despertando e convidando ao novo olhar, ao descifrar e, pretensamente, ao sentir.

O quê: Lirismo em estado Bruto – 1ª exposição dos mosaicos de Angélica Magrini Rigo
Quando: de 11 de agosto a 15 de setembro
Onde: BistrotCassoulet (Rua Tobias da Silva, 160 – Moinhos de Vento – Porto Alegre, RS)
Por Glênio Guimarães  de Porto Alegre/ - RS


Fonte: http://www.murucieditor.com.br/#!artes-08/f08bs
http://www.murucieditor.com.br/#!jornal-de-artes/xwhj2

Exposição: Os tempos da Metáfora (Après Coup - Porto Alegre)!!!

Après Coup: inaugura a exposição com artistas do coletivo "Arte Livre"
Os Tempos da Metáfora


Exposição, que começa no dia 14 de julho, reúne cerca de 17 trabalhos entre pinturas e fotografias


Por Anelore Schumann  de Porto Alegre/RS


A Escola de Poesia promoverá neste mês de julho a exposição com obras de artistas do Coletivo Arte Livre. O Coletivo foi criado a partir da circulação do Jornal de Artes por diversos espaços da cidade, inclusive alguns ateliês, bem como do diálogo entre o seu editor, Clauveci Muruci, com pintores, fotógrafos e outros artistas de diferentes ofícios e linguagens. De uma maneira e de outra, foi tecendo um fio vermelho que vincula artistas, falas e desejos num projeto de exposições itinerantes, cuja a primeira expressão se realizou no Restaurante Espontâneo em fevereiro do presente ano.


As obras do Coletivo de Artes são singulares, dizem algo em particular para cada um de nós, para quem quiser fruir, se deixa tocar, se deixar levar para um outro tempo.  Tocou-me cada uma das pinturas, fotografias, colagens e gravuras; cada uma, de modo distinto, levou-me a escrever poesia.

A obra de Vinicius Vieira (inspirado em burkhart), um poema recortado – de um fundo negro se sobressaem letras vazadas como se alguém me perguntasse: por que me fugiste, lua desnuda?

 A pintura de Raquel Trein(“Deserto”), paisagem surreal de figuras insólitas, zepelling que se passeia vagarosamente. 

Um outro cosmos onde bailam sombras singelas na tela (“Eu interior”) de Rejane Trein.

Já numa pintura de Gustavo Burkhart (“Evolução L.O.L”), o futuro é misturado ao ancestral – num capacete de astronauta ainda mora o totem.

Tal mistura de tempos e de lugares me fez pensar que as artes visuais têm o dom de nos conduzir a mundos simultâneos, de diversidade espaço-temporal.

Ao contemplar a obra de arte, ingressamos em tempo incomum, tempo no qual o inusitado se revela, nos surpreende, nos emociona. Alegramo-nos quando nos damos conta de que somos capazes de descobrir nova dobra em nós mesmos, que jamais suspeitávamos.

A pintura de Emanuela Quadros (sem título), remete ao mistério do feminino, o sorriso da Gioconda atravessa os séculos.

Artistas ou espectadores desses mundos criados pela arte somos multifacetados permeáveis ao dentro/fora, ativa e continuamente nos transformamos no ato de criação e de fruição.

 Como nos diz Murilo Mendes no Poema Dialético: “Todas as coisas ainda se encontram em esboço Tudo vive em transformação.”

Quando nos deixamos levar pelas obras, por essa vertigem, abrem-seos tempos da metáfora e o mistério se revela sem que deixe de ser mistério.

No poema Sobre a maneira de construir obras duradouras, Bertolt Brecht nos pergunta: quanto tempo duram as obras?

Tanto quanto ainda não estão completadas. Pois enquanto exigem trabalho não entram em decadência.

Assim, convidamos todos aqueles que têm sede de arte, nas suas mais diferentes manifestações, a fazerem parte da exposição. Os tempos da metáfora e a produzirem novos dizeres, quem sabe novos poemas. Participam dessa exposição: Ana Izabel Dutra Bretanha, Angélica Magrini Rigo, Cloveci Muruci, Dominik Picnic, Emanuele Bizzoto, Emanuele Quadros, Gustavo Burkhart, José Augusto Pereira, Manoel Santos, Og Wetzel Moreira Filho, Pedro Santos, Raquel Hirtz Trein, Rejane Hirtz Trein, Roberta Adostini, Rodrigo Tedesco, Ubirajara Sanches, Vinicius Vieira.





#02 Dicas Culturais II: 8 1/2 Festa do Cinema Italiano (Espaço Itaú de Cinema - Porto Alegre)...

A Festa do Cinema Italiano, na sua terceira edição no Brasil, apresenta uma programação de sete filmes num circuito de sete cidades entre as principais capitais do país: São PauloRio de JaneiroBrasíliaBelo HorizontePorto Alegre, Curitiba e Florianópolis

Após duas edições, que decorreram unicamente na cidade de Porto Alegre graças à colaboração com Mottironi Editore, esta ampliação deve-se principalmente ao apoio que os circuitos de exibição Espaço Itaú de Cinema e Cinespaço proporcionaram ao evento, e que exibem nas suas salas os sete filmes selecionados para a mostra: Pazze di gioia de Paolo Virzì, Le confessioni de Roberto Andò, Lo chiamavano Jeeg Robotde Gabriele Mainetti, La corrispondenza de Giuseppe Tornatore, Non essere cattivo de Claudio Caligari Smetto quando voglio de Sydney Sibilla e Le conseguenze dell'amore de Paolo Sorrentino, ainda inédito no Brasil. 

8½ Festa do Cinema Italiano Brasil é um evento organizado pela Associação Il Sorpasso, em colaboração com Mottironi Editore e as cadeias de cinemas Espaço Itaú e Cinespaço; com o apoio institucional da Embaixada da Itália em Brasília, dos Institutos Italianos de Cultura de São Paulo e Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura Italiana (MIBACT Direzione Cinema). 

8½ Festa do Cinema Italiano é um evento patrocinado pela Pasta Garofalo.

Consultem o nosso site brasileiro: www.festadocinemaitaliano.com.br

#02 Dicas Culturais I: O Novo Cinema Asiático (Santander Cultural - Porto Alegre)...

Filmes Citados:

Fuku-Chan do Condominío Fukufuku Yosuke Fujita




FUKU-CHAN DO CONDOMÍNIO FUKUFUKU
Fukufukusou no Fukuchan, Japão, 2014, cor, 110 min

Fuku-Chan é um pintor que vive em um condomínio chamado FukuFuku. Ele leva uma vida simples entre suas pinturas ou entretido com o hobby de empinar pipas. Certo dia, o primeiro amor do pintor retorna, querendo se desculpar por algo que aconteceu no passado.


D, R: Yosuke Fujita. E: Yoshiyoshi Arakawa, Kanji Furutachi, Kami Hiraiwa. G: Comédia. CI: 14 anos.



Dirty Romance Sang-woo Lee Sessão comentada com o diretor sul-coreano Sang-woo Lee

DIRTY ROMANCE
Deo-ti Ro-men-su, Coréia do Sul, 2015, cor, 94 min

Um filme chocante sobre pessoas desesperadas. O jovem Chul-joong, que está estudando para seu exame do serviço civil, precisa cuidar da irmã deficiente – não apenas alimentando-a e limpando-a, mas também buscando um parceiro sexual.


D, R: Sang-woo Lee. E: Kim Jun-woo, An Ha-na, Gil Duk-ho. G: Drama. CI: 18 anos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

#01: As Dicas Culturais - Parte II (Francisco Brennand no Santander Cultural)!

Francisco Brennand é tema de exposição que celebra os 15 anos do Santander Cultural em Porto Alegre

Artista pernambucano é conhecido mundialmente pelo grande museu a céu aberto que criou em Recife. Em entrevista, ele conta a origem do sincretismo peculiar com que dá forma a suas curiosas esculturas

Por: Francisco Dalcol
07/06/2016 - 04h01min | Atualizada em 07/06/2016 - 12h27min


Francisco Brennand completa 89 anos no próximo sábado (11/6)
Foto: Helder Ferrer / Divulgação
O artista pernambucano Francisco Brennand fez de um antigo engenho e fábrica de cerâmica o centro de seu próprio universo. Nele, convivem em harmonia diferentes mitologias e religiões, o sagrado e o profano, o trágico e o erótico, como uma síntese das culturas que acompanham o andar da civilização. 
Do lado de dentro do grande ateliê circundado por muralhas na várzea do Rio Capibaribe, a cerca de 30 quilômetros do centro de Recife, o artista vem criando há mais de 40 anos um monumental museu a céu aberto que atrai visitantes de todo o mundo interessados pelo sincretismo peculiar com que dá forma a curiosas esculturas em cerâmica. São figuras que impressionam pelo caráter fantástico – mistura de seres mitológicos e personagens históricos, híbridos de animais e frutos. Um vocabulário plástico marcado pela mistura de muitos tempos e lugares.
– Pode utilizar a palavra arcaico – autoriza o artista, em entrevista por telefone desde seu ateliê-museu em Pernambuco.
Brennand é agora tema de uma grande exposição em Porto Alegre, que tem inauguração nesta terça-feira (7/6) e abertura para o público a partir de quarta-feira (8/6). Senhor da várzea, da argila e do fogo é o ponto alto da programação que comemora os 15 anos de atividades do Santander Cultural em Porto Alegre.
  
Imagem da exposição no Santander que mostra obras junto a grandes fotografias usadas para reproduzir o ambiente do ateliê-museu que o artista mantém em RecifeFoto: Omar Freitas / Agencia RBS
Celebrado como um dos últimos representantes da geração que fez história com a arte moderna brasileira no século 20, Brennand tinha sua vinda ao Estado cercada por expectativa. Mas, às vésperas de completar 89 anos (no próximo sábado), conta que não será possível estar na abertura da exposição.
– Com essa idade, não viajo mais, o que lastimo imensamente – afirma. – O Sul me fascina. Meu pai falava muito do convívio com Flores da Cunha e Osvaldo Aranha. E admirava a maneira como vocês falam o português pronunciando todos os erres e esses.
Descendente de uma família tradicional nordestina, Francisco nasceu filho de Ricardo de Almeida Brennand, dono de uma fábrica de cerâmica nas terras de um antigo engenho. Foi nas ruínas desse lugar cheio de história que o artista começou a erguer, em 1971, a Oficina Cerâmica e o Parque das Esculturas Francisco Brennand.


Imagem da exposição no Santander CulturalFoto: Omar Freitas / Agencia RBS
Senhor da várzea, da argila e do fogo busca transpor para o ambiente do Santander Cultural a atmosfera desse lugar. No térreo, esculturas, pinturas e murais, alguns de grande porte, são apresentados junto a filmes sobre o artista e painéis com fotografias em grande formato que reproduzem o espaço em que vive e produz. Curador da mostra, o artista e museólogo Emanoel Araujo vê os 14 mil metros quadrados de jardins, pátios e lagos mantidos por Brennand como uma grande instalação a céu aberto, um lugar onde suas obras parecem ter sido feitas especialmente para ali serem mostradas:
– A produção do Brennand é muito complexa. E isso aparece na exposição com a tentativa de contextualizarmos a grande instalação que ele criou ao longo de muitos anos. Portanto, é um desafio, pois é preciso que o espectador possa fluir e entender os conflitos dessa coabitação temporária de esculturas, pinturas e grandes painéis que retratam a sua suntuosa instalação.


Galeria Paulo CapellariFoto: Omar Freitas / Agencia RBS
Entrevista: "Perdi muito tempo até virar escultor", diz Francisco Brennand
Francisco Brennand começou a carreira pintando. Foi depois de ir à França, nos anos 1940, e ver obras de Picasso que o artista pernambucano resolveu se dedicar à escultura em cerâmica pela qual hoje é reconhecido mundialmente. Nesta entrevista concedida por telefone, Brennand fala ainda da escolha de seus temas e do momento em que decidiu criar seu ateliê-museu em Recife.
Na arte moderna brasileira, não foram muitos os artistas de sua geração que trabalharam com escultura em cerâmica. O que levou o senhor a privilegiar essa linguagem?Aconteceu uma coisa curiosa. Eu tinha, como a maior parte dos artistas de minha geração, uma espécie de preconceito em relação às chamadas artes decorativas, em que estava incluída a cerâmica. Até viajar para Paris, com 22 anos, em 1949, não abordei a cerâmica. No entanto, nasci dentro de um universo cerâmico. Meu pai era um empresário do ramo, tinha fábrica de telhas, tijolos, porcelana, azulejos... E eu relutava, achava que era arte menor. Só trabalhava com pintura a óleo sobre tela.
E o que aconteceu em Paris?Chegando então a Paris, quase que como um castigo (o pintor) Cicero Dias me levou a uma exposição de Picasso. Eu supunha ser de pinturas, mas era de cerâmicas! Picasso tinha trabalhado logo depois da II Guerra no sul da França com cerâmica e apresentava 300 peças maravilhosas, o que foi, para mim, ao mesmo tempo, uma descoberta e uma humilhação. Por ter tido noção perfeita da perda total do tempo, o tempo perdido, que teria de ser recuperado de qualquer forma. Logo adiante, vieram as descobertas de Joan Miró, Fernand Léger... Todos os pintores da Escola de Paris, inclusive Gauguin, o mestre dos mestres, haviam trabalhado com cerâmica. Nenhum deles falhou, e eu, no entanto, um jovem pintor nordestino, absolutamente desconhecido, tendo tudo para fazer bem a cerâmica, relutei em fazer e, na realidade, perdi muito tempo. Mas retornando levei a sério.
E quando isso começou?
De fato, foi a partir de 1971. Portanto, nesses 45 anos, não fiz outra coisa senão povoar essa velha fábrica que foi sendo, ao lado da criação das peças (as esculturas), lentamente reconstruída até ficar o que é hoje. Antes de fazer cerâmica, eu pintei. E continuo a pintar. A própria cerâmica, depois de esculpida, eu utilizo a pintura sobre ela. Não faço uma escultura em cerâmica sem utilizar cores.

Suas esculturas são muitos ligadas a esse lugar onde são criadas e instaladas. Como foi começar a levá-las para exposições pelo mundo?
Chegava ao ponto de eu pensar que essas peças só tinham significado para mim aqui, no local para onde elas foram feitas, e não lá fora, como se elas perdessem a sua sacralidade. Mas os críticos de arte me fizeram ver de imediato que isso era uma bobagem. Elas (as obras) valiam por si próprias e deveriam ser expostas. Então, entrei nessa grande aventura que são as exposições, inclusive no estrangeiro. Expus na Bienal de Veneza, em Berlim...
Como o senhor chegou à síntese de tantas culturas em sua obra?
Não sou indianista, helenista ou mitólogo. Escolho uma mitologia de modo pessoal e trabalho com ela sem cerimônia. Abordo mitologia grega, latina, sumeriana, personagens bíblicos, da história... Catados aqui e acolá. Pode ser Maria Antonieta, Joana d'Arc, Luís 16, Marat, Robespierre... Quer dizer, há uma enorme variedade de coisas que abordo a depender de leituras e aspectos circunstanciais que tomo para mim.
Sua obra traz uma mistura de muitos tempos e lugares, ressoando algo ancestral e primitivo. O senhor vê o seu trabalho dessa maneira?
Pode utilizar sem medo a palavra arcaica. Desde o momento em que você se compromete com os quatro elementos – o fogo, a terra, a água e o ar –, você não tem como fugir desses elementos primitivos, primordiais, independentemente da linguagem ou vontade. Esse arcaísmo não é voluntário. Não é que eu queira voltar a ser um índio ou um homem das cavernas. Não é nada disso. É porque é a linguagem própria da cerâmica. Isso aconteceu com grandes mestres como Picasso e Miró. A cerâmica de Miró, inclusive, surpreendia a mim como matéria, pois era como se ele cortasse pedras na natureza e pintasse sobre elas. Acho que consegui uma matéria mais ou menos semelhante.
SENHOR DA VÁRZEA, DA ARGILA E DO FOGO
Inauguraçã
o terça-feira (7/6), às 19h, para convidados.

Visitação a partir de quarta-feira (8/6), de terça a sábado, das 10h às 19h, e domingo, das 13h às 19h. Fechado nos feriados. Até 4 de setembro. Entrada gratuita.
Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028, na Praça da Alfândega), em Porto Alegre, fone (51) 3287-5500.
A exposição: apresenta uma seleção de mais de 80 obras de Francisco Brennand, com destaque para a produção de esculturas e murais em cerâmica pela qual é reconhecido internacionalmente.
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

#01: As Dicas Culturais - Parte III (O Bom Gigante Amigo de Spielberg estreia nos Cinemas)!

O Bom Gigante Amigo (2016): fábula agradável, apesar de alguns exageros

Como narrativa, o filme tem altos e baixos. Contudo, é visualmente encantador e constitui uma fábula agradável, apesar de exagerar na trilha sonora, na duração e na doçura.
Diogo Rodrigues Manassés



Era uma vez um grande estúdio que contratou um dos maiores diretores da história para filmar um célebre livro infantil. O diretor conta com o auxílio de dois de seus parceiros de sucesso. Sendo essa história real (o estúdio, Disney; o diretor, Steven Spielberg; o livro, “O Bom Gigante Amigo”, de Roald Dahl; os parceiros, o compositor John Williams e o ator Mark Rylance), não poderia dar errado.
Trata-se do conto sobre a amizade entre a órfã Sophie e o bondoso gigante “BFG” (Big and Friendly Giant, ou BGA no português), que, ao contrário dos seus semelhantes, alimenta-se de frutas e legumes, não de humanos. Os dois se unem para viver várias aventuras – a principal delas, enfrentar gigantes malvados que perturbam BFG.
O enredo é bastante edulcorado: não existe um antagonismo cruel, nem arcos dramáticos complexos. Há um claro exagero na doçura. Nesse sentido, embora Spielberg seja constantemente associado a narrativas doces e piegas, a excelência do seu trabalho é inegável. Em “O Bom Gigante Amigo”, ele não apresenta a sua melhor obra, mas um belo exemplar de feel good movie.
O visual elaborado por Spielberg é sensacional, contando com apenas seis cenários. Três deles são fechados (orfanato, casa de BFG e aposentos reais), os demais são abertos (Londres, Terra de Gigantes e Palácio de Buckingham). Apenas um deles (Terra de Gigantes) depende de chroma key, envolvendo sequências em que cada frame é encantador. O esplendor visual na cena do lago e o trabalho de cores com os sonhos são exemplos fantásticos – o paralelo óbvio com “Avatar” deixa clara a influência de James Cameron. Enquanto o 3D é dispensável (intenso apenas na ação final e na câmera subjetiva da cena em que Sophie é capturada por BFG), a fotografia é sempre precisa: a Londres da década de 1980 é soturna para indicar a tristeza de Sophie, e a noite dá lugar ao dia no terceiro ato porque o astral da garota já é outro, contaminado pela magia das aventuras. Como qualquer fábula boa, se inicia com narração voice over, no caso, homodiegética (narrador-personagem). Há um humor questionável (as piadas com flatulências são dispensáveis), porém, a fantasia é deveras eficaz no que se refere ao visual. Quanto à sonoridade, a edição de som é pobre, sem esmero para os sons diegéticos (em especial dos gigantes), e a mixagem de som é prejudicada por um abuso da trilha sonora do premiado John Williams (que é bela e compatível, mas incessante). Isto é, há muita música para poucos ruídos (sound effects).
O público-alvo do livro é o infantil, e o mesmo se daria, em tese, com o filme. Estão lá metáforas edificantes que comportam interpretações diversas, tais como (a) mesmo o que é ruim pode ser usado para boas finalidades (a destinação dos pesadelos) e (b) a vítima debullying não deve se deixar abalar (orientação de Sophie a BFG). Entretanto, o longa é prolixo e um pouco cansativo, exigindo paciência e atenção do espectador infante. Também dificulta a compreensão deste público a fala dos gigantes, repleta de erros de linguagem.
Os dois clímax que a película apresenta e a bagunça do terceiro ato quase passam despercebidos diante de tanto carisma da dupla principal. Sophie (Ruby Barnhill, formidável) é uma menina sagaz e de personalidade forte (que outra criança repreenderia adultos ébrios por fazerem barulho à noite?) que, por outro lado, não perde a ingenuidade típica infantil. O trocadilho com o nome enaltece a sabedoria da menina. BFG é interpretado por Mark Rylance (vencedor do Oscar como coadjuvante por “Ponte dos Espiões”, também dirigido por Spielberg), construído em pós-produção por motion capture. Rylance é novamente estupendo, atentando para detalhes como linguagem corporal (andar encurvado, pisada para dentro e olhar baixo para indicar sua introspecção) e dicção (a linguagem dos gigantes).
“O Bom Gigante Amigo” possivelmente encontrará dificuldade em identificar seu público específico. O desastroso terceiro ato, o ritmo inconstante e a duração exagerada prejudicam o longa, que tem no visual seu melhor atributo. Não obstante, se figurar em premiações diversas (em especial nas categorias de efeitos visuais, trilha sonora e roteiro adaptado), não será surpresa.

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TEXTO DE: Diogo Rodrigues Manassés
FONTE: http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/413078/o-bom-gigante-amigo-2016-fabula-agradavel-apesar-de-alguns-exageros/

#01: As Dicas Culturais - Parte I (Fantaspoa Revisitado no Santander Cultural)!

No vídeo desta semana três assuntos foram abordados como boas dicas culturais: O Fantaspoa e a Eposição de Francisco Brennand. Neste Post vamos mostrar um pouco do Fantaspoa, no Próximo Post sobre a exposição maravilhosa da Francisco Brennand. E o terceiro assunto mencionamos o belíssimo filme Spielberg: O Bom Gigante Amigo!!!

São só as Sinopses de alguns filmes do Fantaspoa, pois são muitos e infelizmente aqui em Porto Alegre, encerrou-se dia 27 de julho. Mas teremos nova Fantaspoa, é só ficarmos ligados... E esta dica é imperdível!!! Para saber mais filmes que foram exibidos é só acessar o Site Oficial do Fantaspoa (Filmes de A a Z) e ficar ligado na Programação!!!

O Aberto

 

Sinopse

Bombas explodiram. A guerra é global. Ainda assim, André e Stéphanie não desistem: Roland Garros é sua vida, sua história. Custe o que custar, eles organizarão o aberto, mesmo sem bolas, mesmo sem raquetes, somente com sua esperança. Trata-se de um jogo de tênis ou um jogo de sobrevivência?

Ficha técnica

Direção: Marc Lahore
Roteiro: Marc Lahore
Produção: Cyril Cadars, Alexandre Langlais, Joao Vinhas, Mathieu Chabaud, Leigh Hatwell
Música: dDamage
Fotografia: Marc Lahore
Edição: Marc Lahore, Benjamin Minet

Elenco

James Northcote, Maia Levasseur-Costil, Pierre Benoist

Fonte: http://www.fantaspoa.com/2016/filme/395/o-aberto
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O Ataque dos Zumbis da Calça de Couro




Sinopse

Steve, sua namorada Branka e seu amigo Joschi são abandonados numa montanha e procuram abrigo numa taverna que está sediando uma festa. Tudo piora quando um experimento provoca uma epidemia zumbi. É difícil distinguir os bêbados locais de zumbis, mas o trio deverá encontrar uma maneira de sobreviver.

Ficha técnica

Direção: Dominik Hartl
Roteiro: Dominik Hartl, Armin Prediger
Produção: Markus Fischer
Música: Paul Gallister
Fotografia: Xiaosu Han, Andreas Thalhammer
Edição: Daniel Prochaska

Elenco


Laurie Calvert, Gabriela Marcinková, Oscar Dyekjær Giese, Margarete Tiesel, Patricia Aulitzky, Karl Fischer
Fonte: http://www.fantaspoa.com/2016/filme/401/o-ataque-dos-zumbis-da-calca-de-couro
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Deusa do Amor




Sinopse

Uma mulher emocionalmente instável é arrasada após uma tremenda decepção amorosa, entrando num vórtex de loucura. Brian era o amor da vida de Venus, e a suspeita de que ele está tendo um caso com outra mulher faz com que ela inicie uma descendência no lado negro da insanidade psicossexual.


Ficha técnica

Direção: Jon Knautz 
Roteiro: Alexis Kendra, Jon Knautz
Produção: Alexis Kendra, Jon Knautz
Música: Ryan Shore
Fotografia: Jon Knautz 
Edição: Matthew Brulotte 

Elenco


Alexis Kendra, Woody Naismith, Elizabeth Sandy, Monda Scott, Hugh Westbourne
Fonte: http://www.fantaspoa.com/2016/filme/412/deusa-do-amor
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Gordura




Sinopse

Três amigos vão acampar e encontram uma misteriosa criatura: um dos lendários vermes usados para fazer hambúrguer. Eles criam uma doce amizade com a criatura, que tem poderes alucinógenos. Mas a amizade está com os dias contados, pois o dono da rede de hambúrgueres Mac King quer seu verme de volta.

Ficha técnica

Direção: Pablo Marini, Pablo Parés
Roteiro: Pablo Marini, Pablo Parés
Produção: Daniela Aldana Caballero, Florencia Babounian, Daniela Gimenez, Amanda Nara, Juan Oyharçabal
Produção Executiva: Pablo Marini, Pablo Parés
Música: Pablo Fuu
Edição: Pablo Marini, Pablo Parés

Elenco


El Cicho, Ramon Cordero, Pablo Milman, Analia Ruiz, Simon Ratziel
Fonte: http://www.fantaspoa.com/2016/filme/427/gordura
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Patchwork




Sinopse

Três jovens mulheres que não se conhecem tentam unir elementos de eventos da noite anterior após acordarem e perceberem que não só não recordam do que aconteceu como passaram por um bizarro experimento científico: seus corpos foram desmembrados e partes deles foram coladas, formando um único corpo.

Ficha técnica

Direção: Tyler MacIntyre
Roteiro: Chris Lee Hill, Tyler MacIntyre
Produção: Jason Klein, John Negropontes, Aaron Webman, Ethan Webman
Produção Executiva: Jonathan Lonsdale
Música: Russ Howard III
Fotografia: Pawel Pogorzelski
Edição: Tyler MacIntyre

Elenco

Tory Stolper, Tracey Fairaway, Maria Blasucci, James Phelps, Craig Anstett
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